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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Peripécias parte I

Arthur é um menino lindo, inteligente, esperto, saudável, forte, carinhoso, com um super bom humor, engraçado, gostoso, fofo, enfim, tudo de bom! Mas é um menino, ou melhor, um bebê grande quaaase virando um menino.


Entre as sapequices dele as que mais me marcaram foram 2 (sem contar a de hoje). A primeira me marcou bem porque ele era muito pequeno pra tamanha sapequice, ele tinha acabado de completar 1 aninho, nem andava ainda e conseguiu subir na cadeira da cozinha, da cadeira subiu na mesa, da mesa subiu no cadeirão e do cadeirão subiu em cima do balcão da cozinha onde ficou brincando com uns vidrinhos de tempero meus que deixo lá. Quase caí de costa quando vi, foi questão de sei La uns 2 min que me distraí com alguma coisa que estava fazendo.

A segunda não faz muito tempo, deve fazer 1 mês e meio mais ou menos. Eu fui fazer almoço e deixei ele assistindo desenho. Eu sempre deixo as portas dos banheiros fechadas para evitar isso mas devo ter só encostado sem bater a porta. Notei que ele estava muito quieto, pois ele sempre vem onde eu estou, fica comigo na cozinha me chamando ou brincando mesmo. Fui atrás dele pra ver se estava tudo ok e ouvi uns barulhinhos no banheiro entrei e ele tinha juntado todo o papel sujo que estava no lixo, encheu o vaso sanitário com os papeis e se não bastasse tinha encontrado um cotonete sujo e estava colocando no ouvido. Quase tive outro treco, lavei muito as mãos dele, tive que colocar a mão no vaso pra pegar todo aquele lixo senão ia entupir tudo... claro que expliquei pra ele que aquilo não podia fazer.

Hoje até agora foi record.Ontem passei o dia limpando a casa, dei aquele ralo e fui deitar morta de canseira e determinada a hoje dar um jeito na bagunça do quarto do Arthur, não agüentava mais bagunça, não adiantava arrumar mais, questão de uma brincadinha dele La e já parecia que tinha passado um furacão no quarto. E fiz, guardei todos os brinquedos, separei algumas coisas pra jogar fora e enquanto eu arrumava ele jogava tudo, jogava pecinhas pela janela, jogava roupas no chão e eu brigando com ele pra ele parar de fazer aquilo (nível de stress: 3), a cachorrinha também tirou o dia pra ser chata, ficava latindo sem parar, eu estava ficando irritadíssima (nível de stress: 5). Fui no fundo pra colocar o lixo reciclável que separo e claro que o meu chicletinho veio atrás de mim e... pisou no cocô da cachorrinha, pisou no chão e ainda pisou no meu pé (nível de stress: 8). Lavei o chinelinho dele, limpei a sujeira do chão e lavei meu pé. Sei que terminei o que estava fazendo já eram umas 11hs, ou seja, já era hora do bebê almoçar. Coloquei almoço pra ele, fiz uma saladinha pra mim e comi. E ele esta com aquela história de querer comersozinho e não deixa que eu dê comida pra ele, deixei ele comendo e saí de perto (sempre faço isso pois ele fica me pedindo pra sair e se eu o deixo La ele acaba comendo), claro que eu ficava espiando toda hora mas... na última espiada que dei me deparei com toda a comida no chão, espalhada pela cozinha, eu parei e quase não acredite no que estava vendo. Minha cozinha limpinha, que eu tinha lavado ontem, tinha gastado horas do meu dia e estava cheia de comida jogada por todo lado. Me segurei, contei até uns 500 abaixei na altura dos olhos dele e disse que aquilo não podia, dei uma banana pra ele (sempre dou uma fruta depois do almoço) e saí de perto novamente, mas dessa vez eu saí porque eu podia ter dado uns tapas nele, minha raiva foi muito grande naquela hora (nível de stress: 10), sentei e tive uma enorme vontade de chorar, me segurei e mandei um email pro marido contando o acontecido. Ele me ligou pra acalmar, não conseguiu. Voltei na cozinha, ele estava terminando de comer a banana e fui estender a roupa que tinha colocado pra lavar. Depois que terminei desci ele do cadeirão e disse pra ele ir na sala pra eu poder limpar a sujeira da cozinha e... tcharam.... tinha me esquecido do laptop em cima do sofá. Quando me dei conta estavam faltando 4 teclas (2 ele já tinha tirado outro dia). Aí pronto, sentei e chorei, mas chorei gostoso. Chorei de raiva, de cansaço, de stress, de desgaste, de culpa. A culpa era toda minha mesmo, ele é só uma criaturinha de 1 ano e 7 meses, como vou querer que ele desvie do cocô na sua frente? Como vou querer que ele não jogue pecinhas pela janela, nem tire as coisas do lugar? Como vou querer que ele se comporte sozinho enquanto come? Meu dever é ensinar, meu dever é dar exemplo a ele, meu dever é educar.  Seria muito mais fácil se eu tivesse alguém pra cuidar da casa e eu tomar conta só dele mas não tenho e não quero.

Agora bem mais calma depois de fazer o bebê dormir, tomar um belo banho e atacar os chocolates (ainda bem que foi só uma saladinha no almoço). Vou esperar o filhote acordar e levá-lo na pracinha pra brincar, ele deve estar cansado de ficar só em casa aí começam suas peripécias.
Olha a cara do danado aprontando com 9 meses

Tenho certeza que logo vem a parte II!!!

beijos

4 comentários:

Renata Lopes Costa disse...

Ariane...obrigada pela visita!

Imagino as cenas que descreveu e na hora do apuro tudo parece maior do que realmente é, mas no fundo sabemos que isso tudo é normal e natural. Eles crescem numa velocidade incrível e depois tudo vira saudade. Agora que não é fácil também concordo...

Com erros e acertos vamos nos tornando melhores para eles, isso é que importa!

Também estarei por aqui! Beijos...Renata.

Ah...não sei porque não estou conseguindo postar com minha conta...

Dayane disse...

Sério que o Arthur aprontou aquela com 1 aninho? Fiquei de boca aberta aqui...
Eh, não é nada fácil. Faço sempre como você fez, compreender que é só uma criança inocente que não entende as coisas e não tem culpa. Mas é um baita desafio pra gente manter a calma né? Nesse nível de estresse o melhor é deixar o trabalho de casa de lado e rolar no chão com eles. Hehe

Beijos

Ivna Pinna disse...

Oi Ariane, passei pra conhecer teu blog.
Nossa, tem dias que é dificil né? O meu filho tbm adora aprontar, mas acho incrível como eles adoram fazer essas peripécias quando vc não está num dia bom! Queria entender o pq dessa lógica infantil! hahahaha

E como a culpa persegue a gente né?
Mas, fé em Deus que essa fase passa.. tem que passar! hehehe

Bjs

Flavia disse...

tem dias que é complicado mesmo. parece que tudo acontece pra tirar a gente do sério...
As vezes é melhor solução é essa mesmo, sentar, chorar e esperar que a calma volte a reinar.

Beijos

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