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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quando a gente se encontra

Sabe aquela sensação de que você está sozinha no mundo? De que só você pensa e age de uma forma? Onde todos fazem e pensam bem diferente de você e isso faz você se perguntar se realmente você está certa? Pois é, fiquei com essa sensação por muito tempo!

Sei la, sempre fui um tanto contra palmadas, contra broncas pra qualquer movimento da criança e contra castigo pra qualquer atitude. Mas isso veio de mim mesma, não sei de onde tirei isso. Graças a Deus meu marido concorda muito comigo, a gente se entende no quesito saber o melhor para nosso filho. Em raras vezes preciso falar de um modo mais firme com ele, geralmente ele me obedece e eu entendo que quando isso não acontece é porque ele ainda está aprendendo tudo, que não da pra exigir um comportamento 100% correto de um bebê de 1 ano e 8 meses e que é a minha obrigação ensiná-lo tudo da melhor maneira possível.

Quando menor, pequeneninho mesmo, eu como mãe de primeira viagem escutava as experiências de outras mais próximas e até tentei fazer o mesmo (como: deixe ele chorar no carrinho, ele tem que acostumar. Ou: tem que dar peito de 3 em 3 horas, senão ele vai viciar). Bem, esse história do peito nunca tentei mas o do carrinho confesso que tentei sim. Como não tinha ninguém pra me ajudar na casa às vezes precisava de um pouco mais de tempo pra dar conta dos afazeres. Mas foi passando o tempo, fui enxergando do meu jeito as coisas e algo gritava dentro de mim que tava fazendo tudo errado. Devia ser meu instinto. Comecei a ler, pesquisar e quanto mais eu lia menos eu ouvia esses pitacos. Sempre fui cheia de opinião e um tanto teimosa, aí depois que eu sentia firmeza em mim pronto, nunca mais ninguém conseguiu me convencer de que estou errada, muito pelo contrário, hoje eu até consigo convercer (mesmo que por pouco tempo) algumas pessoas de que estou certa sim e que bebê precisa de amor, precisa de colinho, precisa de cheirinho, precisa de caminha junto, precisa de peito, precisa nascer lindo (se possível), precisa ser natural.

E eu tenho tanta certeza de que estou certa que quando vejo mães fazerem o contrário, fico até revoltada. Penso comigo: Como assim você não tem paciência? Como assim deixar o coitadinho largadinho la sozinho? Como assim você não quer amamentar? Até prefiro me afastar às vezes porque me faz até mal de tanto que me revolto. Eu sei que cada uma tem seu jeito e faz as coisas do seu modo sem deixarem de ser boas mães mas aí eu me pergunto: Como assim você não vê o que é melhor para seu filho? Sei la, eu acho tão simples essas coisas. Não é difícil também fazer uma comidinha saudável, não é difícil oferecer uma fruta... enfim... Não que eu seja certa em tudo, errei, erro e vou errar muito ainda, mas no ponto de vista de amor, carinho e afeto ninguém pode me criticar. Sou babona mesmo, até boba às vezes e sei que não estou perdendo nada com isso. Eu acredito que no futuro vou ter um filho se sentindo amado e me retribuindo esse amor como hoje já sinto-me retribuída.

E como coisas boas acontecem encontrei mães lindas, que agem de maneira bem parecida comigo, que deixam seus filhos viverem e aprenderem. Fiquei bem feliz e enfim me senti localizada, eu não estava mais sozinha no mundo. Fez com que meu marido e eu enxergássemos melhor ainda de que sim, estamos agindo bem para o bem de nosso filho e que é possível educar e ensinar com amor. (Ele até tem se animado pra mais um(a) logo, shhh não conta pra ninguém que ele não queria logo e agora já esta concordando ein!).

Devagar e sempre vamos prosperando na certeza de que estamos no caminho certo! :-)

beijos

6 comentários:

Fabiana disse...

Que lindo Ariane!

Com certeza o caminho certo é o do amor.

Este grupo de mães também me fez muito, mas muito bem! E em vários aspectos, não somente o da maternidade!

Bjos (e que venha o seu segundinho...êê)

Taissa Sisson Brandão disse...

Ariane, me emocionei com o post.

Também penso que o caminho para uma boa educação é o do amor e carinho. Palpites sempre virão, mas temos que saber filtrar e acreditar no nosso instinto materno.

Beijinhos

Ivna Pinna disse...

Ariane, como a gente aprende né?! Como mães de primeira, a gente fica meio perdida e acaba ouvindo muita asneira.
Aqui eu tenho uma pregadora fiel a arte de criar filhos com muito amor e carinho, minha mãe!
Ela nunca nos deixou chorando por horas, sempre nos deu muito amor, carinho e respeito e sem por isso meus irmãos e eu não temos carater, somos mimados ou algo do tipo.
Hoje em dia eu escuto bem mais as coisas que ela fala, antes só enxergava como mimo de vó, mas sei que ela tá certa.

Que bom q a mãe natureza nos avisa que há algo errado né?

Beijos

Anônimo disse...

É, nada como amor e carinho!!!
Estou com você!

Beijos!

Lívia.

Renata disse...

encontrei isso tudo nos blogs de mães de primeira, segunda, terceira viagem.. mães que relatam o que está acontecendo, contam suas histórias! Eu adoro quando encontro algo escrito em algum blog, algo que eu precisava ver, ou que estava sentindo .. é muito bom isso tudo!

Mas realmente o amor é o caminho, seguindo nosso amor vamos sempre estar no caminho certo...

Carla Arruda disse...

Ah, Ariane, como vc é linda por fora e por dentro!!

Feliz por ter encontrado vc e as mães, nosso mundo não está mais vazio, temos nossa "tribo" :-)

Beijos e como diz a Fabi, que venha o segundinho!

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